domingo, 19 de agosto de 2007

sobre a vontade de matar

Hostel- movie Pictures, Images and Photos


Preâmbulo: Apesar deste primeiro post ser um bocado pesado, este blog não vai ser sobre... assassínios, demência, filmes de terror, nem nada disso. Ou talvez venha a ser, quem sabe? Vai ser sobre o que me apetecer a cada dia.




Depois de ver o Hostel 2 (que, by the way, achei de longe melhor que o primeiro), não pude deixar de me questionar sobre uma série de coisas associadas ao filme.

Hm.. eu podia pôr-me aqui a falar de forma muito específica, mas não quero estragar a festa a quem ainda não viu nenhum dos filmes, portanto... vamos lá ver. A principal questão que se levanta é a da vontade (leia-se coragem) de matar. Será que, vivêssemos nós numa terra sem regras, ou melhor, tivéssemos nós a oportunidade de o fazer sem sermos castigados, seríamos capazes de matar alguém?

Tu serias?

Podemos partir do princípio que, para matar, é necessário sentir um ódio profundo por essa pessoa. Se assim fosse, acho que não era capaz de o fazer. A não ser... ok, pronto, há certos líderes mundiais/nacionais em que não me importava de meter uma bala na nuca... mas nem era por ódio, era por amor (à humanidade).

Se pudéssemos matar a nosso belo prazer, a questão que se colocava era: quem? É como fazer uma tatuagem: até nem me importava, mas não me consigo decidir sobre o desenho. Fica para toda a vida. Matar também. Por isso, para já, dispenso. As tatuagens.

Este problema nem sempre se coloca, porque nem sempre é o ódio que motiva a matança (vejam o filme). Em certos casos o acto não tem tanto a ver com a eliminação de um outro como com a necessidade de satisfazer o eu.

Por isso, imaginem que podiam escolher uma pessoa aleatoriamente na rua e matá-la, só para ver como se sentiam a seguir. Quantos dos nossos colegas de trabalho, vizinhos ou familiares, quantos de nós seriam capazes de o fazer?