quinta-feira, 14 de março de 2013

acordar de manhã

Estamos a passar por uma crise económica profunda, por motivos profundamente injustos.
Somos governados por psicopatas (ou dito de uma forma que possa ser levada mais a sério, por pessoas com estruturas de personalidade psicopática).
Estamos a destruir o planeta em que vivemos.
Cada vez há menos bebés a nascer.
O fosso entre ricos e pobres é gigantesco.
Um grupo pequeno de pessoas domina o mundo inteiro através de jigajogas de dinheiro e poder. Ah, e são psicopatas.
Querem matar os mais velhos para poupar.
Espalham-se doenças para vender medicamentos.
Só lançam medicamentos no mercado consoante o que convém, embora provavelmente já exista cura para grande parte das doenças que nos assolam.
Os governantes pertencem a sociedades secretas que mexem os cordelinhos para garantir que o dinheiro (e, consequentemente, o poder) não sai do seu círculo restrito.
O 11 de Setembro foi uma fabricação.
Há pessoas a morrer de fome em África e nos EUA há pessoas que levam para casa compras no valor de mais de mil dólares de uma vez só, apenas por 20 ou 30 dólares, graças a um fenómeno chamado Extreme Couponing.
Não havia armas de destruição massiva no Iraque.
Portugal tem quase 1 quinto da sua população desempregada.
O salário mínimo em Portugal não chega a 500 euros mensais. O meu chefe ganha cerca de 60 mil euros por mês. E os futebolistas? Nem sei.
O novo representante do deus católico na Terra (e consequentemente, o líder espiritual de milhões de pessoas por todo o Planeta) diz que «as mulheres são naturalmente inaptas para desempenhar cargos políticos», entre outras barbaridades próprias da Idade Média.
Há um grupo de países com poderio nuclear suficiente para mandar o Planeta pelos ares umas centenas de vezes. O homem que controla o "botão vermelho" é, muito provavelmente, um psicopata.


É isto. Acordar de manhã e ser engolido no minuto seguinte. Em Portugal, cinco pessoas põem fim à vida diariamente. I wonder why.



quarta-feira, 6 de março de 2013

o mandato invisível

Acho extraordinário (e exasperante) que o Presidente da República, perante a crise, o desemprego, a insatisfação, as grandoladas, o BPN, o coelho enforcado e agora uma manifestação que mobilizou um milhão e meio de Portugueses, não esboce a menor reação. Não sai de casa, não faz uma declaração ao país, não dissolve a AR (seria pedir demais), não condena, não aplaude, nada. 

É um boneco de cera que já se demitiu, sem se demitir, há meses. Estará doente? Cansado? Aterrorizado? Esta é a apoteose de um mandato invisível, ainda mais que o anterior, em que Cavaco age perante os cidadãos como o bibelot do País, uma figura de madeira fria, intocável no seu recolhimento e, o que eu acho verdadeiramente gritante no meio disto tudo, completamente insensível perante o sofrimento dos que o elegeram. 

A atitude de Cavaco só mostra uma coisa: nojo pelos Portugueses. Não há ali uma réstia de calor, humanidade, não há preocupação, nem mesmo pena. Não há ali nenhum sentimento que possa levá-lo a agir. Só há nojo, medo e desinteresse, há apertos de mãos ao povo lavados a desinfectante em gel na segurança do seu Mercedes.

Assim não, senhor Presidente, assim não.