Nunca me tinha questionado muito sobre a razão pela qual escolhi este nome para o blog. De início pareceu-me a conjugação de duas palavras que me agradavam, só isso. Mas já percebi que houve algo mais e, em certas alturas da vida, o motivo torna-se mesmo evidente para mim: dentro da minha cabeça vai uma chinfrineira infernal.
É o que acontece quando se tem discussões e não se fala, porque não se consegue falar sem insultar e chorar e cortar e partir coisas. O chinfrim saía todo cá para fora, essa coisa nojenta e incontrolável, que se revolve como um feto das trevas a incubar no meu tórax. Por isso o melhor é ficar calada.
É o que acontece quando tem de se fingir durante 10 horas por dia e depois chegar a casa e continuar a fingir. A coisa tem de rebentar por algum lado. E há-de me rebentar pelas veias porque pela boca não sai nada.
É o que acontece quando se tem discussões e não se fala, porque não se consegue falar sem insultar e chorar e cortar e partir coisas. O chinfrim saía todo cá para fora, essa coisa nojenta e incontrolável, que se revolve como um feto das trevas a incubar no meu tórax. Por isso o melhor é ficar calada.
É o que acontece quando tem de se fingir durante 10 horas por dia e depois chegar a casa e continuar a fingir. A coisa tem de rebentar por algum lado. E há-de me rebentar pelas veias porque pela boca não sai nada.
3 comentários:
“…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…” (R. Nassar),in mashamba
o silêncio é também umas das formas mais agressivas e mais antigas de reagir e são às vezes os que mais nos amam que sofrem as piores agressões . "Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas não dizem violentas as margens queocomprimem",escreveu brecht. Todos nós conhecemos estas margens e aprendemos a lidar com elas, a olhá-las nos olhos, a rirmo-nos delas; na vida há muitos palcos,nem por isso deixamos de ter o nosso camarim,o nosso parque dos poetas, a nossa praia, a nossa chinfrineira. O mundo é nosso, se não estamos felizes podemos mudar quase tudo sem ter de nos ferir a nós e a quem gosta de nós. lv u
gosto da forma como escreves, já to disse, mas nunca é mais dizê-lo.
:))
btw, já q falo em info repetida, tás sempre a desaparecer-me da listo do space! aliás, não és só tu.
:s
beijinho*
joana padrel disse tudo!Fabuloso comentário!
Acrescento no entanto,que se tudo reside no indivíduo,o contexto social e afectivo do momento, é também crucial no desempenho dos protagonistas,nesta enorme festa da vida.
Zorro
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