terça-feira, 6 de julho de 2010

ocultar é viver?

Old pic by me.




Este post contém spoilers sobre O Sexo e a Cidade 2.






A propósito do fatídico encontro entre a Carrie e o Aidan, a propósito de todas as histórias que se ouvem e em alguns casos se vivem e ainda a propósito de alguns arrufos recentes, importa colocar a seguinte questão:

Numa relação saudável, que quantidade de informação (se é que alguma) deve ser ocultada da nossa cara-metade?

A Carrie optou pela honestidade, contra os conselhos das amigas e de forma um bocadinho impulsiva. O que ganhou com isso? Um anel caríssimo quando chegou a casa.

Na vida real isto não acontece. Depois de uma traição, é maior a probabilidade de se levar uma lambada do que a de receber um anel... Mas também é maior a probabilidade de se ocultar a traição, do que a de a revelar imediatamente, ou não?

Mas mais do que falar de traições um dia talvez escreva sobre elas, o que me intriga mesmo são aquelas pequenas coisas que se ocultam no dia-a-dia. Um jantar com uma velha amiga, um almoço com um colega, um copo com outro/a. Eventos inofensivos, mas que, quando revelados, podem criar problemas na relação.

Nessas alturas, o que fazer? Será mais aconselhável falar abertamente sobre tudo o que fazemos, mesmo que isso possa gerar injustificados ataques de ciúmes? Ou antes ir ocultando este e aquele acontecimento que, por nos parecer insignificante, acreditamos ser melhor que nunca veja a luz do dia?

7 comentários:

pacica disse...

eu e ele optamos por ocultar quase sempre, e ambos sabemos disso. A política do "don´t ask, don't tell" costuma resultar, no nosso caso.

um cigarro. disse...

muitas vezes a ignorância é uma forma mais saudável de (vi)ver as coisas, muitas vezes prefere-se não saber. a verdade é que isso comigo não funciona e não me parece que algum dia vá funcionar.
e a verdade é esta, pelo menos para mim: a omissão é uma forma de mentira. a diferença entre ambas é que existe uma pergunta ou um diálogo sobre o que se passou.
o teu post vem muito de encontro àquilo que, neste momento, estou a passar (novamente).
aquilo que mais me irrita é a quantidade de coisas que são ditas mais tarde e, para as pessoas, isso é uma forma de verdade, afinal de contas "eu acabei por te dizer!".
apenas omito para proteger alguém e muitas vezes gostava que fosse a mim - todas as vezes que quis omitir, acabei por contar. e hoje? hoje sinto que não o devia ter feito. talvez hoje teria o meu anel caro em forma de homem.

chinfrim disse...

Pois.. já aqui temos duas perspectivas diferentes. Eu não sei, daí ter escrito este post. Às vezes sinto que se ocultarmos coisas, poupamos chatices. Mas ao mesmo tempo acredito que uma relação que se baseia na ocultação (ou na mentira) para poder funcionar... não é uma relação no verdadeiro sentido do termo, ou pelo menos, não é tão boa.

um cigarro. disse...

eu também fico muitas vezes nessa dúvida e sei que não consigo (porque nunca consegui) viver uma relação em que não há à vontade ou confiança para se dizer toda a verdade, mesmo que doa. no fundo, quanto mais se guarda, menos se partilha. quanto mais se omite, menos verdadeiras as coisas são.
mas cada um sabe como funciona melhor e cada um sabe o seu limite de omissão das coisas.
até porque é mais fácil omitir algo do que admitir que lhe omitam.

um cigarro. disse...

olha, reparei agora que estás a seguir o meu blog "antigo". mudei-lhe o nome no url e agora é normal que não recebas mais novidades ^^'

este é o novo: http://cigarros-e-leite-de-chocolate.blogspot.com/

=)

maria joão carrilho disse...

Tenho muitas dúvidas. Vai aonde te leva o coração.

Lion Lou disse...

as pessoas exigem sinceridade,da parte da outra pessoa, mas a maioria odeia quando a outra pessoa é sincera e frontal, apelidado-a de insensivel, incoveniente ou fria