Este ano, mesmo antes de ir de férias, aprendi uma lição importante. Se calhar é básica para a maioria das pessoas, mas eu nunca me tinha apercebido dela de forma tão clara e, pior, sempre lutei contra ela.
Todos nós julgamos a forma como os outros vivem as suas vidas. Uns mais que outros, é certo, mas eu confesso que julgava, e muito. Era incompreensível para mim como a minha amiga x podia viver de forma tão absolutamente vazia e como a minha outra amiga y podia ter uma relação tão incrivelmente ridícula, ou como o meu amigo z podia exercer-se como um débil mental sem nunca ser confrontado pelos amigos que no entanto não se coíbem de o confrontar... quando ele não está presente. Irritava-me, revoltava-me mesmo.
E por isso falava com eles e tentava, umas vezes de forma subtil, outras à bruta, mostrar-lhes a minha visão das coisas e obrigá-los a mudar. E quando via que tais conversas não adiantavam nada, eu pensava: "estás lixado" ou "nunca hás de sair dessa situação" ou até, imagine-se, "enquanto não fizeres o que eu te digo, serás sempre pior que eu".
Até que um belo dia me apercebi de que há pessoas que fazem isso comigo. Fazem-no há muito tempo, mas só me apercebi no outro dia, mesmo antes de ir de férias.
Olham para mim e não gostam que eu não corresponda às expectativas que criaram em relação a mim. Acham que eu merecia melhor ou basicamente que me devia esforçar mais, a todos os níveis (pessoal, profissional, social, intelectual).
E por isso falam e tentam, umas vezes de forma subtil, outras à bruta, mostrar-me a sua visão das coisas e obrigar-me a mudar. E quando vêem que tais conversas não adiantam nada, dizem entre eles "eu espero estar enganado, mas ela assim não sai da cepa torta".
O problema é que, na verdade, ninguém espera estar enganado. Pelo contrário, nós queremos ter razão. Sempre, de preferência. Portanto, eles esperam ter razão e, se eu não seguir os seus conselhos, esperam que me esmerde completamente na minha relação, no meu trabalho, no meu grupo de amigos... enfim, a todos os níveis.
É muita energia negativa a ser enviada para o Universo, por este grupo de pessoas que me adora e quer o melhor para mim, mas que ao mesmo tempo (e mais ainda) quer ter razão. E eu acredito nisso de que o que enviamos para o Universo volta para nós três vezes. Preocupante.
E de maneiras que foi assim que percebi que não vou julgar mais. Aliás, posso dizer até que foi quase automático: a partir do momento em que assimilei esta lição, deixei de julgar as minhas amigas/os. Porque eles têm a vida deles e eu tenho a minha e por mais que batam com a cabeça nas paredes para que eu faça as coisas à maneira deles, eu não vou fazer. Logo, por mais que eu bata com a minha cabeça nas paredes, eles também não vão fazer as coisas à minha maneira.
E pronto, fiquem descansados que energias negativas da minha parte não vão ter.
Sempre me torturei por agradar a todos até a um morto e isso tem de acabar. A lição é tão simples e já foi repetida em n (ainda não tinha usado esta variável) filmes, livros e canções, mas eu agora preciso de a escrever, para que ela se entranhe em mim: cada um sabe de si, a vida é minha, eu é que sei, my body my choice, etc... escolham o vosso chavão.
Assim, eu: não vou dormir mais horas, não vou comer mais vezes em casa nem a horas decentes, não vou sair menos à noite e mais de dia, não vou acabar, não vou tirar mais cursos, não vou convidar ninguém para ir jantar lá a casa, não vou mudar de carreira, não vou aprender uma língua nova, não vou ler mais, não vou mais vezes ao teatro, não vou a exposições, não vou fazer mais amigos, não vou ficar em casa sozinha mais vezes para ter tempo para mim. Não vou.
Ou se calhar até vou. Vou! Tudo isto e muito mais! Se me apetecer.
Todos nós julgamos a forma como os outros vivem as suas vidas. Uns mais que outros, é certo, mas eu confesso que julgava, e muito. Era incompreensível para mim como a minha amiga x podia viver de forma tão absolutamente vazia e como a minha outra amiga y podia ter uma relação tão incrivelmente ridícula, ou como o meu amigo z podia exercer-se como um débil mental sem nunca ser confrontado pelos amigos que no entanto não se coíbem de o confrontar... quando ele não está presente. Irritava-me, revoltava-me mesmo.
E por isso falava com eles e tentava, umas vezes de forma subtil, outras à bruta, mostrar-lhes a minha visão das coisas e obrigá-los a mudar. E quando via que tais conversas não adiantavam nada, eu pensava: "estás lixado" ou "nunca hás de sair dessa situação" ou até, imagine-se, "enquanto não fizeres o que eu te digo, serás sempre pior que eu".
Até que um belo dia me apercebi de que há pessoas que fazem isso comigo. Fazem-no há muito tempo, mas só me apercebi no outro dia, mesmo antes de ir de férias.
Olham para mim e não gostam que eu não corresponda às expectativas que criaram em relação a mim. Acham que eu merecia melhor ou basicamente que me devia esforçar mais, a todos os níveis (pessoal, profissional, social, intelectual).
E por isso falam e tentam, umas vezes de forma subtil, outras à bruta, mostrar-me a sua visão das coisas e obrigar-me a mudar. E quando vêem que tais conversas não adiantam nada, dizem entre eles "eu espero estar enganado, mas ela assim não sai da cepa torta".
O problema é que, na verdade, ninguém espera estar enganado. Pelo contrário, nós queremos ter razão. Sempre, de preferência. Portanto, eles esperam ter razão e, se eu não seguir os seus conselhos, esperam que me esmerde completamente na minha relação, no meu trabalho, no meu grupo de amigos... enfim, a todos os níveis.
É muita energia negativa a ser enviada para o Universo, por este grupo de pessoas que me adora e quer o melhor para mim, mas que ao mesmo tempo (e mais ainda) quer ter razão. E eu acredito nisso de que o que enviamos para o Universo volta para nós três vezes. Preocupante.
E de maneiras que foi assim que percebi que não vou julgar mais. Aliás, posso dizer até que foi quase automático: a partir do momento em que assimilei esta lição, deixei de julgar as minhas amigas/os. Porque eles têm a vida deles e eu tenho a minha e por mais que batam com a cabeça nas paredes para que eu faça as coisas à maneira deles, eu não vou fazer. Logo, por mais que eu bata com a minha cabeça nas paredes, eles também não vão fazer as coisas à minha maneira.
E pronto, fiquem descansados que energias negativas da minha parte não vão ter.
Sempre me torturei por agradar a todos até a um morto e isso tem de acabar. A lição é tão simples e já foi repetida em n (ainda não tinha usado esta variável) filmes, livros e canções, mas eu agora preciso de a escrever, para que ela se entranhe em mim: cada um sabe de si, a vida é minha, eu é que sei, my body my choice, etc... escolham o vosso chavão.
Assim, eu: não vou dormir mais horas, não vou comer mais vezes em casa nem a horas decentes, não vou sair menos à noite e mais de dia, não vou acabar, não vou tirar mais cursos, não vou convidar ninguém para ir jantar lá a casa, não vou mudar de carreira, não vou aprender uma língua nova, não vou ler mais, não vou mais vezes ao teatro, não vou a exposições, não vou fazer mais amigos, não vou ficar em casa sozinha mais vezes para ter tempo para mim. Não vou.
Ou se calhar até vou. Vou! Tudo isto e muito mais! Se me apetecer.
3 comentários:
"É muita energia negativa a ser enviada para o Universo, por este grupo de pessoas que me adora e quer o melhor para mim, mas que ao mesmo tempo (e mais ainda) quer ter razão."
Como é que o facto de adorar alguém e querer o melhor para esse alguém pode encher o Universo de energia negativa? Será por pensarem que têm razão?
Encontro neste texto alguma contradição.
Deixa lá,faz parte da natureza humana... eu muitas vezes rezo sem acreditar em deus...
Uma escrita de vitimização!Contraditória e confusa,que só se compreende na afirmação desajeitada, diga-se,do individualismo como forma de vida.Não compreendo o que vais fazer com a interacção com os de quem gostas e que gostam de ti!Será que,como um oportunista,só te interessará o que deles couber no modelo?
Talvez já tenhas ouvido dizer que,várias cabeças pensam melhor do que uma!
A reflexão,senão certamenta a "vida",e ás vezes dolorosamente,encarrega-se da demonstração!
Eu,que gosto muito de ti,gostava que te poupasses ao doloroso,e por isso mesmo,não me importa que seja à bruta.
BRUTAMONTES
Outro lugar comum:
O BATER DE ASAS DE UMA BORBOLETA NO JAPÃO,PODE ORIGINAR UMA TEMPESTADE NA CALIFÓRNIA.
BRUTAMONTES
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