terça-feira, 10 de abril de 2012

conversas sobre a morte


Depois de ver este vídeo, fiquei a pensar na importância de termos uma conversa séria mas não demasiado, sobre essa realidade que nos parece sempre tão distante, mas que na verdade pode estar ao virar da esquina. Para a maioria das pessoas, a morte é um tema deprimente, que mete medo ou tem uma aura mágica qualquer - quase parece que se falarmos muito nela, algo de terrível pode acontecer. Eu própria vou ali bater na madeira três vezes quando acabar de escrever isto.

Mas realmente faz sentido falar sobre isso e decidir, dentro do possível, como se quer morrer - ou como se quer passar os últimos momentos de vida. Isto porque, e como podem ver no vídeo, a morte tem essa coisa chata de traumatizar um bocado aqueles que cá ficam. 

Portanto, falar da nossa própria morte não será um assunto que nos importe muito a nós, mas pode importar imenso para os outros. É uma forma de libertar os que cá ficam do peso da indecisão relativa ao que fazer nessa altura, ou de possíveis traumas relativos a uma morte menos boa. Até porque cada vez mais prolongamos a vida (leia-se a velhice) e pode ser importante (aqui sim, também para nós) decidir se queremos ir de queixo erguido ou já de fralda.

Antigamente ter uma "boa morte" era ir em batalha, rodeado de companheiros de glória, depois de grandes feitos. Talvez ande a ver filmes a mais, mas é essa a ideia que tenho. Pergunto-me como seria uma "boa morte" para as mulheres, mas acho que esse conceito não deve ter evoluído muito com o passar dos tempos... ir deitada e sem grande alarido, já me parece espetacular. Até porque depois levantamo-nos e tomamos o tal pequeno-almoço fabuloso de que vos falei aqui. Faz sentido.

E para vocês, como seria uma "boa morte", ou mais propriamente, como seriam uns "aceitáveizinhos vá, últimos momentos em vida"?

2 comentários:

Anónimo disse...

A única coisa que gostava mesmo é que ninguém se sinta culpado pela minha morte ou as condições em que cheguei à mesma.
Se puderem fazer uma festa, melhor! :)

N.N.

jp disse...

Fazerem uma festa era fixe.

Música !

Não penso que seja possivel escolher o dia e a hora. É como quando se nasce, mais ou menos quando queremos, mas não depende SÓ de nós.